sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Inter, o clube dos recordes

Colorado é o único campeão brasileiro invicto, possui a maior sequência de títulos estaduais e já foi campeão gaúcho com 100% de aproveitamento.

PORTO ALEGRE - Os mitos do passado são a grande inspiração do maior símbolo do Inter na atualidade. O atacante e capitão Fernandão, campeão da América e Mundial em 2006, sonha em levantar mais taças no centenário do clube. "Queremos marcar época e entrar para a história como os craques de outras épocas", ressalta. Certas marcas, porém, poucos times são ou serão capazes de igualar.

Na década de 40 a equipe que ficou conhecida como Rolo Compressor foi hexacampeã de 1940 a 45, até então a maior seqüência de Gauchões, mas o Grêmio deu o troco e foi hepta de 1962 a 68. Com o peso da rivalidade nas costas, o clube alvirrubro conseguiu a reviravolta logo na seqüência.
A temporada de 69 deu início a um período de muitas glórias do lado vermelho. A campanha (30 jogos, 22 vitórias, cinco empates e três derrotas) acabou com a hegemonia tricolor no Rio Grande do Sul, dava início a uma série de oito campeonatos estaduais, e uma geração de ouro que contou, entre tantos outros, com Claudiomiro, Figueroa, Falcão, Batista, Escurinho, Paulo César Carpegiani e Mauro Galvão, começava a desfilar.



O Rolo Compressor, hexacampeão gaúcho (1940 a 1945)

Hexacampeão gaúcho com 100% de aproveitamento
Em meio aos oito títulos conquistados entre 1969 e 1976, o de 74 teve ingredientes especiais. O time entrou na competição com chance de repetir o feito do Rolo Compressor, e fez mais que isso. Numa campanha 100%, venceu nove adversários em 18 rodadas, marcou 43 gols e sofreu míseros dois.



O timaço de 1974, campeão com 100% de aproveitamento

Um dos personagens daquele Inter, o ex-lateral-direito Cláudio Duarte, lamenta a falta de reconhecimento. "Constatei que o futebol brasileiro não tem memória. Acho muito difícil que alguém repita algo assim, e apesar disso nunca recebemos uma homenagem. Não é mágoa, mas poderiam reunir aquele grupo, nem que fosse só para um aperto de mão", reflete.

A estrela daquela equipe imbatível era Claudiomiro, mas também tinha Falcão, um craque em ascensão. "A nossa produção foi excelente, deveríamos ter sido campeões brasileiros se não fosse um erro de arbitragem na semifinal contra o Palmeiras. Aquele grupo foi a base para o título nacional de 75", lembra Claudião. O ex-jogador recorda um dos fatores que tornou aquele elenco de 74 tão forte: a entrega individual.


"Uma semana antes do Gre-Nal decisivo eu sofri uma torção no tornozelo e fui engessado, que tirei um pouco antes do jogo. Me colocaram uma atadura e entrei em campo. Logo depois do título fui direto para o hospital recolocar o gesso. Existia um forte conceito de raça, a gente encarava todas", contou.

Dois anos depois, quando o Inter comemorou o octa, atuou 25 vezes e saiu vitorioso em 22, além de três empates (67 gols marcados e sete sofridos). A invencibilidade era um sinal do que iria acontecer no Brasileirão três anos depois.

Não havia páreo para o Inter de 79

Vai ser complicado um clube repetir a campanha do tricampeonato brasileiro invicto em 1979. A competição teve 94 participantes, e o Inter, com 16 vitórias e sete empates, ficou com a taça. "A gente foi mal naquele Gauchão e estávamos desacreditados, isso mexeu com a gente. Tínhamos qualidade técnica, força, e muita união. O título era questão de honra", diz Jair, o Príncipe Jajá, meia do Inter na época.

O plantel contava com atletas que já haviam sido campeões nacionais, e a possibilidade de repetir o feito, dessa vez sem sofrer nenhuma derrota, foi uma das motivações. "As rodadas foram passando, fomos evoluindo, e na metade do Brasileiro vimos que dava para conseguir. Ficamos ainda mais animados, e logo chegamos na final", comentou.


O time tri-campeão brasileiro invicto em 1979.

Orgulhoso de ter participado da histórica campanha, o Príncipe Jajá acha difícil aparecer outro campeão invicto. "Apesar disso acho o futebol de hoje mais fácil. Antes existiam vários times fortes, agora é tudo igual. Não tem mais técnica, quem corre mais ganha. Os jogadores só fazem o que o técnico manda, ninguém tem uma carta na manga. Falta criatividade", analisou.

Fonte: Pelé.net


Mais fotos dos times colorados campeões aqui!

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