Inter de 1950, o estraga-festas!
Rolo Compressor estragando a festa de inauguração do Olimpinico...
6 a 2 na cola das gazelas tricolores!
Era setembro de 1954 e o Grêmio realizou um festival de inauguração de seu novo estádio, o Estádio Olímpico Monumental. A partida inaugural do estádio já havia ocorrido em confronto amistoso com o Nacional de Montevidéu, com vitória gremista pelo placar de 2 a 0.
O Internacional fora convidado para o festival de inauguração do Olímpico, juntamente com o Liverpool do Uruguai. Após vitória sobre os uruguaios por 4 a 0, o Internacional enfrentou seu maior rival no dia 26 de setembro. A partida foi apitada pelo árbitro uruguaio sr. Carlos Alberto Vigorito.
O Grêmio começou bem e aos 7 minutos fazia 1 x 0, gol de Sarará cobrando falta. O Internacional demorou mas empatou aos 33 minutos do primeiro tempo, gol de Jerônimo, também de falta. O primeiro tempo estava perto do fim e Larry desempatou: Grêmio 1 x 2 Internacional.
No segundo tempo Larry voltou inspirado e logo no início veio com a bola lá de seu campo com Ênio Rodrigues no seu encalço, chegando na área Larry ameaça bater, Ênio tenta o carrinho e Larry puxa a bola deixando-o deitado, daí com um toquinho faz o terceiro. Grêmio 1 x 3 Internacional.
O quarto gol não demora a sair. Luizinho recebe a bola e sai em velocidade, Ênio corre para marcá-lo, mas Luizinho deixa a bola, Ênio não percebe e continua correndo atrás dele, aí Canhotinho, sem marcação, veio de trás e bateu. 1 x 4
O Internacional ainda teve tempo de fazer mais 2, ambos de Larry. O Grêmio descontou com Zunino. O Estádio Olímpico estava inaugurado. Grêmio 2 x 6 Internacional
Data: 26/09/1954
Local: Estádio Olímpico
Arbitragem: Carlos Alberto Vigorito
Gols: Sarará, Zunino, Larry (4), Jerônimo e Canhotinho.
Grêmio: Sérgio, Ênio Rodrigues, Orli, Roberto, Sarará, Itamar, Tesourinha, Milton, Camacho (Vítor), Zunino e Torres (Delém).
Internacional: Milton, Florindo, Lindoberto, Oreco, Salvador, Odorico, Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Canhotinho.
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No primeiro Gre-Nal da história do Estádio Olímpico, o Inter estragou a festa do seu maior rival. Aplicou um impiedosa goleada de 6 a 2, fazendo da casa do Grêmio, desde então, um palco de vitórias coloradas. Não é à toa que, até hoje, a torcida colorada entoa nos clássicos: "Ahhhhh! Salão de Festas!".
Era setembro de 1954, e o Internacional tinha uma de suas mais temíveis duplas de ataque em todos os tempos: Larry e Bodinho. Um jogo tão festivo que até o árbitro era atração: pela primeira vez um juiz uruguaio apitava, o sr. Carlos Alberto Vigorito. Em campo, o baile foi todo colorado.Não eram decorridos sete minutos e coube ao Grêmio o primeiro gol do jogo, do meia Sarará cobrando falta. O empate colorado demorou, mas aos 33 minutos, Jerônimo também cobrou falta com categoria e fez 1 a 1. Ainda no primeiro tempo, nem a categoria do zagueiro Ênio Rodrigues, da Seleção Brasileira, impediu que Larry virasse para o Inter, 2 a 1 aos 42 minutos.
Logo após o recomeço do jogo, Larry arrancou de seu campo driblando todo mundo,com Ênio Rodrigues no seu encalço. Ao chegar à área adversária o centroavante do Inter ameaçou bater em gol. Ênio se atirou para salvar, mas Larry puxou a bola deixando-o deitado. Aí, deu um toquezinho para dentro da goleira de Sérgio, que já estava com dificuldades para conter sua revolta. Mal o jogo recomeçou e o ponteiro Luizinho pegou a bola na ponta, saiu correndo em diagonal, atravessou o gramado da direita para a esquerda, outra vez com o esforçado Ênio Rodrigues no encalço e ao cruzar em frente a área deixou a bola e seguiu em disparada com suas perninhas curtas, em direção a linha lateral. Ênio, meio preocupado com o jogador do que com a bola, seguiu atrás do colorado. Canhotinho veio de trás e bateu, sem marcação, fazendo o quarto gol.
Sérgio, então, perdeu de vez a paciência com seus jogadores e, sem maiores explicações, deixou o gramado e saiu caminhando de cabeça baixa para o vestiário. Ninguém entendeu nada. Alguns jogadores do Inter correram até ele e ouviu-se a voz de Bodinho dizendo:
- Volta, covarde, para tomar mais quatro.
Larry, que no seu Gre-Nal de estréia recebera a solidariedade de Sérgio quando agredido por Xisto, evitou provocações. Apenas aproximou-se, incrédulo, curioso. Sérgio, ofendido, remexeu seus brios e resolveu retornar a campo. Acabou sofrendo mais dois gols, ambos de Larry, mas nesta altura já não tinha estrutura emocional sequer para articular uma frase de reclamação.
FONTE: site "Clássico Gre-Nal - A maior rivalidade do Brasil"
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