Iron Maiden lota o Gigantinho
Depois de passar por São Paulo e Curitiba, nessa quarta-feira, foi a vez da banda de heavy metal Iron Maiden desembarcar literamelmente, pois vieram em seu próprio Boeing, em Porto Alegre. Após dezesseis anos, os metaleiros apresentaram um repertório de clássicos dos anos 80 e lotaram o Estádio Gigantinho.
Como já previsto em post no blog do Hagah, a abertura do show do Iron Maiden foi bonita, apenas. Lauren Harris, filha do baixista Steve Harris, subiu ao palco às 20h e mostrou seis canções de um hard rock festivo que não convenceu. A guria, apesar de uma voz fraca, tem presença de palco e sua banda conta com músicos do naipe do guitarrista Richie Faulkner, mas o problema são as músicas sem melodias, daquelas que não dão vontade de balançar a cabeça. Tudo que um fã do Iron detesta.
Com a introdução de Aces High, pontualmente às 21h, Bruce Dickinson e sua turma adentraram o Gigantinho que parecia um templo egípicio. O cenário remetia à capa do CD Powerslave. O show seguiu com 2 Minutes To Midnigth e Revelations. Após uma pequena pausa, Dickinson retornou ao palco vestindo farda do exército britânico e com uma bandeira da Grã Bretanha em riste para a faixa The Trooper.
Ir a um show da Donzela de Ferro é como ir ao teatro, cujo o protagonista é Bruce Dickinson. Cada detalhe que o cerca ganha status de personagem da apresentação. Antes de executar a quinta canção, Wasted Years, por exemplo, o front man encontrou um celular perdido no chão. O aparelho acabou servindo como gancho para a introdução da música. O vocalista disparou algo como: "Mamãe, aqui é o Bruce. Nesse momento estou fazendo um show para 15 mil pessoas. Sim, talvez eu deveria ter escolhido outro emprego, mas nada do que a gente vive é tempo desperdiçado."
Estrategicamente colocada na sexta posição, já que o número da besta é 666, a celebração - opa, o show - seguiu com The Number Of The Beast. Depois veio Can I Play With Madness, aqui destaque para as hilárias danças do guitarrista Janick Gers. Com a platéia embriagada de tantos decibéis de puro metal, foi a vez do épico The Rime Of The Ancient Mariner, baseado no poema do escritor britânico romântico Samuel Taylor Coleridge, ganhar forma. Durante a música, que tem 14 minutos, ficou evidente o entrosamento do grupo. Bastava alguns olhares entre os músicos para que um novo improviso ganhasse espaço. Na seqüência, Bruce vestiu uma máscara de penas para apresentar Powerslave.
Seguindo fielmente o set list apresentado nos demais shows da turnê Somewhere Back In Time World Tour, em Heaven Can Wait a banda recebeu no palco um grupo de cerca de trinta fãs. Depois disso, vieram três favoritas do público: Run to The Hills, Fear Of The Dark - única canção da da década de 90 e responsável por um dos momentos de maior interação entre platéia e banda - e a faixa que dá título aos metaleiros Iron Maiden. Aliás, aqui o Gigantinho recebeu a presença do mascote Eddie, que veio na versão do disco Somewhere in Time, de 1986. Detalhe: a múmia de quatro metros até tentou alguns acordes na guitarra de Dave Murray.
O fim do show chegou com um bis de mais três faixas: Moonchild, The Clairvoyant e Hallowed Be Thy Name. Foram 16 clássicos apresentados em 1 hora e 50 minutos. O espetáculo na Capital encerra a turnê do grupo no Brasil. Up the irons!
Fonte: Clic RBS
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