quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eternamente Colorado!



Muitos me perguntam por que sou colorado...

Quando nasci em Maio de 84, o mundo já tinha sofrido grandes mudanças. Já havia passado duas Guerras Mundiais, entre outras tantas guerras.

O Brasil já era tri-campeão do mundo, e, em meu estado glorioso do sul, também já havia um campeão mundial, eu não nego. Fui crescendo, aprendendo e cada vez mais sentindo a guerra que ainda continuava pelos meus pampas.

Não entre Maragatos e Chimangos, mas entre gremistas e colorados.

Passou o tempo, e com isso chegou à hora de alistar-me nesta Guerra greNAL. Nesses exércitos não existe hora certa de alistar-se, nem mesmo obrigação, tanto que muitos até fogem da batalha.

Mas eu não, eu queria sentir na pele aquela rivalidade.


Entrei para o exército dos vermelhos, e isso a gente não explica, a gente sente. E foi o que eu senti quando conheci um dos campos oficiais de batalha, naquele belo e vermelho quartel general na beira do rio.

Eu tenho amigos no exército rival, afinal, esta é uma guerra de paz, não de sangue e sim de desejos. Talvez seja isso que mais me motivou pela escolha que fiz. O desejo de conquistar e sentir na alma, na pele o sabor das vitórias, sentir, e de passo em passo avançar o campo inimigo até a batalha final.

No campo oficial de batalha, apenas onze soldados são escolhidos pelo seu general para o combate. Cabe a nós, oficiais de patente menor, mas não menos importante, torcer e incentivar os nossos companheiros. Não importando se ao vivo, ou espalhados pelos pampas em seus fortins, escutando pelo rádio as informações da guerra.

A cada ano que passa, esse exército vem crescendo.

No passado, guerreiros cobriram os pampas de sangue, em batalhas cruéis. Agora no presente, nossos guerreiros cobrem os pampas com o vermelho do nosso manto sagrado.

As pessoas são movidas pelo desejo...

Desejo de viver,
desejo de amar,
desejo de vitória.

É com esses desejos, que seguimos com a nossa batalha guerreada dia a dia. Guerra saudável, guerra da alegria, guerra da rivalidade grenal.

Por mais que eu tente, eu não consigo explicar por que eu sou colorado, eu sempre digo, a gente não explica, a gente sabe, a gente sente.

São os desejos...

Sou do pampa, sou guerreiro, sou colorado. Somos quem faz a onda desse mar vermelho, radioso de luz, orgulho do povo do Rio Grande do Sul.

Se o exército inimigo são os azuis do céu, então façam da vida deles um vermelho do inferno.

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Belo texto do Felipe! Vi lá no BLOG COLORADO VEM DE SANGUE!

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